quarta-feira, agosto 08, 2007

Oferta e procura

Pinot noir, antes de enfrentar seu glorioso destino até nossas taças.


Todo brasileiro que gosta de vinhos sabe que a Argentina produz uma grande variedade de cepas e que também nos brinda o melhor custo benefício quando o assunto são os vinhos do dia-a-dia e os intermediários.
Já com os grandes vinhos a estória é um pouco diferente, mas não é um problema só da Argentina e sim de todo o novo Mundo produtor de vinhos. Pois é, indiossincrasias e Mondo Vino a parte, a França ainda produz os melhores, mais famosos e caros vinhos do Mundo.
Mas como esses não são para o paladar e tampouco para os bolsos da maoiria dos brasileiros, voltemos a falar dos hermanos argentinos e do acessível líquido de baco que jorra dessas terras.
A grande vantagem de se estar aqui é poder encontrar uma grande variedade de diferentes rótulos, procedências e cepas em qualquer mercadinho de esquina. Aliás, as vezes, esses são os melhores lugares para comprar, pois pode ter a sorte de achar uma raridade com o preço equivocado.
O lado ruim, é que não se encontram vinhos de outros países que não a Argentina, nem mesmo nos grandes mercados. A oferta de vinhos importados aqui, ainda que venham dos vizinhos Chile e Uruguai, é pequena e fica restrita as lojas especializadas que, por sua vez, nunca se equivocam nos preços.
Sendo assim, não se pode fazer nada além de especializar-se em vinhos argentinos, e é o que trato de fazer. Ainda bem, que como já disse, a oferta é grande e variada. Até agora já identifiquei nas prateleiras por aqui as clássicas: cabernet sauvignon, merlot, malbec, tannat e syrah. Também as menos conhecidas: tempranillo, bonarda, petit verdot e pinot noir. Isso tudo claro sem falar nos vinhos de corte, que multiplicam por muito a oferta de rótulos distintos.
Pois é, pelo que podem ver ainda há muito trabalho a fazer aqui antes de poder dizer que finalmente sou um conhecedor dos vinhos argentinos. E antes que alguém conteste, eu não me esqueci dos brancos, tampouco faço discriminação. É só que estamos no inverno, e com esse clima fica difícil resistir aos tintos, mas a primavera se aproxima e com ela o clima perfeito pra desfrutar dos brancos.
Como diriam, tudo a seu tempo, só espero que não seja tempo suficente para virar um alcólatra, pelo menos não até terminar minha investigação.