segunda-feira, setembro 03, 2007

Até o fundo do pote


Eu sempre gostei de doce de leite mas nunca fui nenhum fã. Gostava, achava bom e comia as vezes, quase sempre no café da manhã e com queijo de minas. Mas aqui, o doce de leite está muito mais presente no cardápio do dia-a-dia.
Além da oferta ser maior, a qualidade também é muito superior. Há uma grande variedade de diferentes tipos de doce de leite, artesanais, reposteiros etc. Mas todos são muito bons, você pode comprar sem medo, porque mesmo as marcas mais baratas oferecem um padrão alto de qualidade.
E os argentinos comem o tempo todo, além de ser o recheio clássico da guloseima mais argentina que existe, o afajor, o doce de leite também acompanha quase todas as sobremesas típicas do país. Tudo quanto é postre aqui vem com doce de leite, sorvete de doce de leite, panqueca com doce de leite, flan com doce de leite e por ai vai.
Mas o Brasil também não é nehum leigo no assunto doce de leite, e dizem que o estado de Minas Gerais produz ótimos exemplares do produto. Tanto é verdade nossa tradição no doce de leite, que é de autoria tupiniquim a receita da melhor sobremesa feita com o doce que eu já comi, um petit gateua de doce de leite.
Aproveitando a farta oferta e a tradição do doce de leite daqui resolvi preparar essa sobremesa outro dia, e devo dizer que é muito boa, talvez seja ainda melhor que o clássico petit gateau de chocolate.
Agora pretendo tentar reproduzir uma outra sobremesa muito boa feita com doce de leite que comi certa vez no Brasil, um cochiglone de abóbora ao molho de doce de leite e especiarias. Porque o doce de leite argentino pode até ser melhor, mas quando se trata de criatividade na cozinha os brasileiros ganham disparado.