sexta-feira, agosto 24, 2007

Os dois lados da moeda


Des do lançamento de Mondovino, aquele famoso documentário sobre vinhos, há uma espécie de divisão no Mundo dos vinhos. De um lado estão Robert Paeker, Michael Rolland, processos industriais, mega-corporações e todos os países do novo Mundo produtor. Do outro estão os pequenos produtores, os processos artesanais e uns poucos países da europa.
Na verdade nunca dei muita importância pra essa discusão, desde que o vinho seja bom, pra mim pouco importa da onde veio ou como foi feito.
Além disso, uma das principais críticas feita aos vinhos do novo Mundo é o excesso de frutas e de madeira, que arredondam o vinho, deixando-o mais agradável, facíl de ser bebido. Confesso que gosto bastante dos vinhos frutados e até ontem não me importava com o excesso de madeira, mas dae tomei o Hacienda Los Haroldos, Malbec Roble 2005. Num primeiro momento o vinho se apresenta com bastante fruta, bem herbáceo e com algumas notas de marmelada. Mas logo a madeira predomina, tão intensamente, que quase não se pode perceber os outros aromas. Além disso falta um pouco de corpo ao vinho e o retrogosto também não é dos melhores.
Continuo mantendo minha posição imparcial com relação a essa questão, até porque a maioria dos vinhos que tomei até hoje foram provenintes dessa popularização que é tão criticada por Jonathan Nossiter, mas pela primeira vez entendi também o lado dele.