sexta-feira, agosto 17, 2007

O Mundo dá voltas


Pois é, não foram poucos os músicos e poetas que já a abordaram a temática do inevitável ciclo da vida. No fim das contas, a lição que sempre se tira consiste nos máximos clichês de que a vida não para, e que nada como um dia após ao outro.
Seguindo a corrente da sucessão natural, devo reparar aqui minha opinião sobre o melhor vinho argentino já provado até agora, e destituir o excelentíssimo Castil de Ferrant, para nomear como novo absoluto o Luigi Bosca, pinot noir 2003.
De coloração inconfundível, textura acetinada e um bouquet tão potente, que se pode sentir muito antes de levar a taça até o nariz, esse Pinot é a prova de que essa cepa pode e deve ser cultivada fora da Borgonha. É um vinho muito redondo, de boa intensidade, com boa quantidade de taninos e uma ótima persistência. Mas sem dúvidas é um vinho que se destaca mesmo no ataque, pois os aromas de frutas vermelhas e baunilha sobressaem deixando uma ótima primeira impressão.
Pois bem, dessa vez sim aposto que Miles e Alex Payne ficarão satisfeitos com minha avalição, pois enfim a Pinot noir volta ao seu posto de rainha das cepas, na humilde opinião desse fervoroso devoto de Baco.
Amém e saúde.
Ps - só pra terminar eu gostaria de recomendar a música el circulo do argentino Kevin Johansen, uma outra obra de arte que exalta o vai e vem das coisas.