Chile x Argentina
Entre esses dois vizinhos sulamericanos existe uma grande rivalidade, talvez maior da que existe entre brasileiros e argentinos. O porque da querela eu não faço idéia, já que ao contrário do Brasil, no futebol o Chile nunca fez frente à Argentina.
Bom, mas sabe como é, vizinhos sempre encontram um motivo para brigar, e no caso desses dois o tema da discussão bem que poderiam ser os vinhos, já que ambos são grandes produtores e exportadores da bebida.
O Chile juntamente com os EUA, foi um dos primeiros países do novo mundo a ser reconhecido pela qualidade dos seus vinhos, o que o tornou um dos maiores exportadores do Mundo nesse mercado. A Argentina, demorou um pouco mais para enxergar o vinho como um negócio lucrativo, mas corre a passos largos para tirar essa diferença com relação ao vizinho.
No quesito qualidade ambos apresentam bons padrões, o que nós brasileiros sabemos bem já que o Brasil é um dos principais consumidores dos vinhos tanto argeninos quanto chilenos. A principal diferença que vejo entre os dois é a relação custo/benefício. Os vinhos chilenos costumam ser mais caros que os argentinos ainda que não sejam melhores, isso talvez seja um reflexo da fama internacional do Chile como produtor de bons vinhos. O que também poderia explicar a pontuação dos vinhos chilenos nas avaliações das publicações especializadas, já que quase sempre estão melhores colocados que os argentinos.
A minha experiência pessoal com os vinhos desses dois países me leva a preferir os argeninos. Quando estive no Chile me decepcionei um pouco, porque grande parte dos chilenos que conhecia por nome não pude encontar lá, já que são destinados exclusivamente à exportação. Os que encontrei eram caros em comparação com os argentinos e além de tudo isso a cepa tida como autócotona do Chile, a carmenere não é das minhas preferidas.
Já na Argentina, além de encontrar preços melhores a variedade de vinhos também é mais ampla, e a malbec, correspondente na Argenina da carmenere no Chile, é das minhas preferidas.