sexta-feira, outubro 19, 2007

Chile x Argentina


Entre esses dois vizinhos sulamericanos existe uma grande rivalidade, talvez maior da que existe entre brasileiros e argentinos. O porque da querela eu não faço idéia, já que ao contrário do Brasil, no futebol o Chile nunca fez frente à Argentina.
Bom, mas sabe como é, vizinhos sempre encontram um motivo para brigar, e no caso desses dois o tema da discussão bem que poderiam ser os vinhos, já que ambos são grandes produtores e exportadores da bebida.
O Chile juntamente com os EUA, foi um dos primeiros países do novo mundo a ser reconhecido pela qualidade dos seus vinhos, o que o tornou um dos maiores exportadores do Mundo nesse mercado. A Argentina, demorou um pouco mais para enxergar o vinho como um negócio lucrativo, mas corre a passos largos para tirar essa diferença com relação ao vizinho.
No quesito qualidade ambos apresentam bons padrões, o que nós brasileiros sabemos bem já que o Brasil é um dos principais consumidores dos vinhos tanto argeninos quanto chilenos. A principal diferença que vejo entre os dois é a relação custo/benefício. Os vinhos chilenos costumam ser mais caros que os argentinos ainda que não sejam melhores, isso talvez seja um reflexo da fama internacional do Chile como produtor de bons vinhos. O que também poderia explicar a pontuação dos vinhos chilenos nas avaliações das publicações especializadas, já que quase sempre estão melhores colocados que os argentinos.
A minha experiência pessoal com os vinhos desses dois países me leva a preferir os argeninos. Quando estive no Chile me decepcionei um pouco, porque grande parte dos chilenos que conhecia por nome não pude encontar lá, já que são destinados exclusivamente à exportação. Os que encontrei eram caros em comparação com os argentinos e além de tudo isso a cepa tida como autócotona do Chile, a carmenere não é das minhas preferidas.
Já na Argentina, além de encontrar preços melhores a variedade de vinhos também é mais ampla, e a malbec, correspondente na Argenina da carmenere no Chile, é das minhas preferidas.




segunda-feira, outubro 15, 2007

Chile


Sempre quando viajo faço questão de experiemntar os pratos típicos do lugar que estou conhecendo, nunca deixo de comer a fast food local e também sempre como, pelo menos uma vez, numa rede internacional de junk food.
Na minha passagem pelo Chile não foi diferente, comi no KFC chileno e achei ele tão ruim como o de qualquer outra parte. Procurei saber qual era a comida de rua por lá e me deparei com as velhas conhecidas empanadas, que não eram muito deiferentes das que como aqui na Argentina, exceto pelo tamanho e pela pimenta de algumas.
Mas foi justamente nessa categoria, de comida de rua, que o Chile me reservou sua maior surpresa culinária, o cachorro quente. Pois é, outro velho conhecido mas nesse caso com um roupagem totalmente nova e esquisita. Os chilenos comem cachorro quente com abacate, aliás não só o cachorro quente como qualquer outro sanduíche. O mais famoso lanche de rua por lá é o italiano, assim chamado porque as cores da maionese, do catchup e do abacate combinadas lembram a bandeira da Itália.
No começo causa certa estranheza, parece meio bizarro abacate no hambúrguer ou cachorro quente, mas é exatamente isso que eles pensam também quando ficam sabendo que no Brasil, e me parece que só no Brasil, se come abacate com açucar ou em forma de sucos e sorvetes.
Em toda a américa o abacate é uma fruta que acompanha pratos salgados, asim como o tomate. Então imagine se alguém lhe dissesse que faz um delicioso sorvete de tomate ou que suco de tomate com banana, leite e açucar até que não é mal. Estranho? Pois é isso que eles sentem com relação à nossa forma de consumir abacate, nós somos os esquisitos nessa história e não eles que colocam abacate no cachorro quente.
Superado este tema do abacate, faltava experimentar os pratos típicos chilenos, mas quais são eles? Antes de viajar dei uma pesquisada e a coisa mais típica que encontrei sobre o Chile foram os vinhos e o Pisco, ambos bebidas. Tomei tanto um quanto o outro, o pisco misturado a açucar e suco de limão, num drink chamado pisco souer que é a caipirinha chilena e é bem bom.
Agora, quanto a comida chilena meu melhor palpite foi o salmão, que é famoso no Brasil e que comi lá por um preço muito abaixo do que pago no Brasil, num restaurante bem popular acompanhado de purê de caja, que ainda não descobri o que é mas parece ser um tubérculo. Outra tentativa que fiz de comer comida tipica chilena foi com os frutos do mar, comi pailada marina que é um caldo de peixe acompanahdo de mariscos, camarão e leva muita salsinha. Nos dos casos a comida estava boa, bem condimentada e não foi caro.
Dessa forma, acho que consegui realizar no Chile minahs manias de viagem, embora tenha faltado experimentar uma sobremesa típica chilena. Aliá alguém conhece alguma?

terça-feira, outubro 09, 2007

É pra viagem?


Bom, agora sim voltando ao tema principal, como sempre acontece, comi bem e mal nesta viagem. Em Mendoza as coisas não foram muito diferentes do que costuma ser em Buenos Aires, em termos gastronômicos. Aliás isso é uma coisa que já havia percebido aqui na Argentina, não existe muita diferença entre as cozinhas das diferentes provincias, ainda que algumas estejam a milhares de quilometros de outras.
Há um certa uniformidade nos hábitos alimentares, no máximo o que muda é a forma de preparo e alguns ingredientes, mas não os pratos. Um exemplo são as empanadas, há empanadas mendocinas, criollas, patagonicas o que seja, mas no fim das contas continuam sendo empanadas. Isso é bem diferente do que acontece no Brasil, e até mesmo em países geograficamente menores do que a Argentina, como Itália e França.
Sendo assim, em Mendoza não tive como fugir da tradição argentina e acabei me empanturrando de carne e empanadas. Comi num restaurante clássico da cidade um bife de chorizo de quase um quilo, estava muito bom, mas não foi nada que já não tivesse comido. Já as empanadas mendocinas são menores do que costumam ser em Buenos Aires, ainda que isto seja relativo. A massa é um pouco mais delicada e fina e o recheio um pouco mais condimentado. Os alfajores tabém não mudam muito, só algumas marcas e os vinhos... bem essa foi uma das decepções da vaigem. A verdade é que a maioria dos vinhos lá, são mais caros que aqui em Buenos Aires e quando são mais baratos não compensam o peso extra na bagagem. Só vale a pena comprar vinhos lá, se você conhecer algumas bodegas artesanais que não tem produtos distribuidos em larga escala, nesses casos, certamente você encontará preços mais interessantes direto com o prosutor.
Bom no próximo post as curiosidades da cozinha chilena, essa sim é um pocuo mais interessante do que a argentina.

Back in B.A

Bom antes de voltar a escrever sobre comida tenho que fazer alguns comentários sobre a viagem. Então vamos lá, quais foram minhas impressões?
- O Chile é caro, bem mais caro que a Argentina e um pouco mais do que o Brasil;
- Os chilenos falam um espanhól meio estranho, isso as pessoas normais, porque os adolescentes falam algo que pra mim mas parecia um dialéto tuaregue do que espanhól;
- Guias turísticos para mim estão prestes a entrar na categoria de profissionais odiáveis, onde já se encontram os dentistas, os policiais e os operadores de telemarketing.

terça-feira, outubro 02, 2007

Na estrada


Bom, esse blog anda meio as moscas, porque seu dono, no caso eu, resolveu cair de novo na estrada. Pois é, 10 diasinhos de férias nao sei do que, para esfriar a cabeca e aninar o estomago.
Bom, também já devem ter percebido pela falta de acentos, que o teclado de onde escrevo é emprestado, o que siginifica que ainda nao voltei da viagem. Mas mesmo assin resolvi mal tracar umas linhas sobre as novidades até agora.
A primeira e mais decepcionante delas é que os vinhos em Mendoza custam mais que em Buenos Aires. Fora isso as notícias sao boas, a empanada mendocina é muito boa, embora seja bem menor e custe 4 pesos perto do aconcagua. Outra coisa boa é que a comida no Chile leva pimenta o que nunca vi acontecerna Argentina, mas nao vamos aqui ficar de picuinha com a pátria mae dos alfajores, já que além desse maravilhoso doce ela ainda nos propcía uma carne excelente como um bife de chorizo de quase um quilo que comi em Mendoza.
Em tempo a cerveja Cristal, a mais famosa do Chile nao é grandes coisa, já a Andes, mais famosa de Mendoza é bem boa.
Bom, no próximo relato certamente terao novidades sobre as empanadas chilenas e o famoso pisco souer, já que eu to saindo agora pra consumi-lo.

quinta-feira, setembro 20, 2007

Choripan, bondiola e CIA.


Amigo Túlio do http://www.aires-buenos.blogspot.com/ , desfrutando uma bondiolita.
Na Argentina até que tem cahcorro quente, se chama pancho e é bem sem graça. Consiste em pão, salsicha, ketchup, mostarda e quando muito, umas batatas palhas. Nada que se compare a riqueza de variedades que encontramos no Brasil.
Mas também, a verdade é que aqui o cahorro quente está numa categoria deiferente de refeição do que está no Brasil. Poderíamos dizer que o cahorro quente está para os argentinos, como a coxinha está para os brasileiros, e ainda se considerarmos que nessa categoria eles enfrentam a concorrência, quase desleal, das empanadas, fica fácil entender o subdesenvolvimento desse petisco em terras portenhas.
Mas então que tipo de comida desempenha na Argentina a mesma função social do dogão no Brasil? Acho que a resposta correta seria o choripan. Mas que diabos é isso? Bom, como o próprio nome indica é pão com alguma coisa, nesse caso chorizo, que é um tipo de linguiça. Mas também pode ser um morcipan, que é a mesma coisa mas feito com morcilla (linguiça de sangue ou chouriço). Fora isso, nessa categoria você ainda encontra a bondiola ao limon ou o bife de chorizo no pão, e por último mas não menos importante, a paty, uma mara de hamburgueres tão famosa por aqui que acabou num daqueles casos onde o nome da marca substitui o do produto.
Todas essas opções, geralmente são encontradas nuns carrinhos muito similares as nossas carrocinhas de cachorro quente. Nesses lugares além de todas essas iguarias, você encontra toda a sorte de condimentos adulterados com água, guardanapos de papel que não absrovem nada e servem mais para espalhar a sujeira do que para limpar e bebidas a preços honestos, como uma cerveja Isenbek de 1lt por 6 pesos.
O melhor lugar de Buenos Aires para se esbaldar com um choripan, certamente, é a costanera sur. Esse lugar é um tipo de área de lazer que fica ao lado da reserva ambiental da costanera e atrás do badaladíssimo bairro de Puerto Madero. Mas não se deixem enganar pela localização nobre, a costanera é do povo. Gente normal e farofeiros em geral se esbaldam nas barraquinhas de choripan que se encontram a cada 10 metros nessa área da cidade. O cheiro de carne na brasa é predominante e fica difícil resistir a tentação.
Eu, pra ser sincero, não sou um grande fã do chorizo e nem da morcilla, mas como não resisto a comida farta, barata, saborosa e que faz mal pra saúde acabo consumindo a bondiola e o bife de chorizo. São opções mais caras, é verdade, mas 6 pesos por umas 400g de boa carne num pão e condimentada com chimichurri a vontade, ainda está longe de ser um mal negócio.
Por isso, recomendo. Quando vier a Buenos Aires dispa-se dos seus preconceitos e visite a costanera, não tem prensado com frango e catupiry e nem pure de batatas, mas se você é fã de comida de rua, certamente não vai sair de lá com fome.

terça-feira, setembro 18, 2007

Deu branco


Enfim o frio deu uma trégua esses dias atrás aqui na terra dos malbecs, e foi possível experimentar pela primeira vez desde que cheguei, alguns dos vinhos brancos porduzidos na Argentina.
O mais clássico e conehcido deles é o torrontés, essa cepa espanhóla se adaptou muito bem ao terroir argentino e dizem, produz belos vinhos. Mas o único torrontés argentino que provei até hoje foi o Etchart Privado, 2001 e confesso que não achei grandes coisas.
Na verdade, quando se trata de vinhos brancos, meus cohecimentos enológicos que já são parcos se tornam ainda mais irrelevantes. Não conheço muitas cepas diferentes, então não sei se por gosto ou ignorância, meu preferido sempre acaba sendo o chardonay.
Nos poucos dias de sol que antecederam o verão que estar por vir, fiz uma prévia com dois rótulos. O primeiro foi um Chenin/Chardonay que não me lembro o nome, mas que apesar de ter custado a ridícula quantia de 3,30 pesos, estava bem bom, claro que com as deviadas ressalvas. O outro foi o Postales del fin del Mundo chardonay 2006, esse um pouco mais caro, cerca de 9,90. Um bom vinho, bem frutado e refrescante com acidez na medida certa, recomendado para uma noite quente em Buenos Aires.

quarta-feira, setembro 05, 2007

Típico!


Arepas colombianas, realmente típicas.
No Mundo não falta intercâmbio de culinárias, na maioria dos casos promovido pelos restaurantes de comida típica. Qualquer grande cidade oferece opções para quem quer experimentar comida de outros países sem sair do seu.
Alguns lugares como São Paulo, por exemplo, são considerados verdadeiros centros de convergência da gastronomia Mundial. E mesmo as cidades menores contam com restaurantes de cardápio internacionalizado, nem que sejam os clássicos: italiano, japônes, chines, francês etc.
Geralmente, isso é muito positivo pois não é todo dia que você pode pegar um avião e ir até a India comer comida indiana, por exemplo. Na realidade a maioria das pessoas passará toda a vida sem fazer uma viagem como essa, mas muitos podem sair para jantar em um restaurante de comida indiana em sua própria cidade.
O problema é saber o quão indiana é a comida servida como tal por aí. Pois é, o que poderia ser uma boa forma de difundir uma cultura gastronomica, na maioria das vezes se torna uma ótima forma de distorcer a mesma.
Logo que cheguei aqui fui a um restaurante colombiano, a comida até que não estava mal, mas desconfiei que não era muito típica. E de fato essa semana pude comprova-lo, graças a uma amiga colombiana que me convidou para comer a mesma comida típica colombiana, só que dessa vez feita por ela e da forma como se faz na Colombia.
A verdade é que a maioria dos restaurantes típicos adaptada as receitas à oferta de ingredientes locais, pois senão seria inviável, devido ao valor dos produtos importados. Mas quase nenhum deles informa isso ao consumidor, ou seja, acabam vendendo gato por lébre, típico não?