sábado, junho 30, 2007

Seja feliz no Garbis

Garbis é uma rede de restaurantes especializados em comida armênia aqui de Buenos Aires. Até a última quinta feira minha única referêcia da Armênia era um antigo personagem de telenovelas globais, chamado dona armênia e que se notabilizou pelo famoso bordão: na chom.
Mas o fato de fazer aniverssário nesse mês e do Garbis oferecer um jantar grátis a aniverssariantes, mudaram esse panorama. Todo mundo que gosta de comer adora uma boca livre, e comigo não é diferente então...
Bom, vamos aos fatos: a comida armênia é muito parecida com o que eu conheço ou conhecia como comida árabe, tem todos aqueles patês, babaganuche, pão sírio e iogurte, muito iogurte.
Também servem carne ou o que chamam de kebab, mas que é bem diferente do servido nos fast foods árabes da europa. Arroz, bastante beringela, massa filo e coisas do tipo.
No geral estava tudo muito bom, o restaurante funciona num tipo de serviço em que você paga um preço fixo, no caso eu não paguei, e come o quanto quiser ou puder, que foi o que eu fiz.
Isso é bom, porque te da a oportunidade de experimentar vários pratos, é quase um menu degustação, com a difereça que você escolhe a ordem do que vai comer. Pode pedir quantos pratos quiser, pode repeti-los quantas vezes quiser e o mesmo vale para sobremesa.
Começa-se por um bufê de entradas frias e te servem uns pãezinhos muito bons. Depois você pode pedir as entradas quentes. Você passa o jantar todo com o cardápio sobre a mesa e só tem o trabalho de escolher a próxima vítima e informar ao garçom, aliás o atendimento é bem acima da média aqui de Buenos Aires.
Nas entradas frias me restrngi a provar as 6 qualidades de patês, o babaganuche, os charutos com quínua e um gostoso frango com abacaxi ao molho de curry com iogurte.
Depois na hora das entradas quentes pedi Sarma de parra caliente, que são charutos de folhas de parreira recheados com carne e arroz, e também um Borek cuatro quesos, que é um tipo de pastel de massa filo com recheio quatro queijos é óbvio.
De prato principal provei um Shish Kebab de picada completo, que consiste em pedaços de falafel grelhados servido com legumes e pão sírio também grelhados e molho de iogurte. Depois um Farfalaj com pollo a la crema, ou seja, um tipo de massa tostada servida com frango ao molho cremoso. Fiz en entremeio com um gsotoso Pilav Persa, que nada mais é do que pilaf ou arroz cozido com amêndoas, passas e frango e finalizei com um Shish Kebab de cordeiro, carne de cordeiro grelhada servida com um salteado de trigo e cebolas na manteiga. Ah claro, sem esquecer que no meio disso tudo ainda provei o tradicional quibe assado, que não pedi mas mesmo assim um garçom deixou sobre a mesa, deve ser alguma tradição armênia.
Depois disso não me restava mais espaço pra nada, mas como também não me restava nenhum bom senso eu ainda pedi de sobremsa um Brownie com sorvete e calda de amoras e pra quase morrer de vez um cheescake com calda quente de framboesas. Ah sim já ia esquecendo, que nesse meio tempo fiz mais um entremeio com alguns docinhos típicos árabes como baclava, kadif, deditos, galatabureki, gurabie, mamul, shemali e finikia. Não vou descrever todos mas no geral levam mél, nozes, almibar, sémola e massa filo.
Todos os pratos estavam muito bons, foram servidos de modo correto, tinham boa apresentação. A comida era fresca, com ingredientes de boa qualidade. Como não tenho muito conhecimento em comida árabe, armênia ou o que seja, não posso fazer uma avaliação muito detalhada, no fundo não comi nada que tenha me comovido por outro lado também nada que me desagradou. Destaco o prato a base de cordeiro que estava realmente muito bom e os docinhos árabes, já tinha comido em alguns outros lugares e nunca tinha gostado, nesse ponto o Garbis mudou minha opinião a respeito da pastelaria árabe.
Fora issso só posso dizer que é um lugar pra voltar, nem que seja uma vez por ano, mas de preferência na hora do almoço para poder comer mais umas duas sobremesas pelo menos.


sarma de parreira
Pilav persa

Farfalaj de pollo


quinta-feira, junho 28, 2007

A luta continua



Aguila Minitorta clássica, o campeão da rodada.
Alfajores Game:
Não há muito o que dizer, não são bons, mas ao preço de 3 por 1 peso também não se pode exigir muito não é? O dece de leite não é de grande qualidade, o biscoito tem um gosto estranho e quando morde a cobertura você sente a gordura trans entrando na sua corrente sanguínea.

Alfajores fantoche:
Um dos melhores na relação custo/benefício, tanto na versão tradicioal quanto na alfajorcito e na triple. Considero melhor o com cobertura de açucar, primeiro porque é meu tipo de cobertura preferida e depois porque nas marcas mais baratas o chocolate costuma ser de qualidade inferior. Mas é bem recomendável.


Alfajores Aguila (mini torta tradicional/minitorta côco:
Um clásscio, ambos são muito bons, é mais um produto da família Bagley, que já foi homenegeada aqui neste espaço. Depois de me decepcionar com o Aguila minitorta brownie fui recompensado com essas duas gratas surpresas.
Mantendo o padrão de qualidade Bagley, o chocolate da cobertura é de primeira, o biscoito é um dos melhores e o receheio bem bom também, é um dos tops.

domingo, junho 24, 2007

Alfajor Helado


Um inocente passeio num domingo ensolarado de inverno e eu descubro que além de viciado em alfajores agora eu também estou viciado em alfajores helados, e isso que ainda é inverno.

Pra mim é simplesmente genial, sorvete de doce de leite entre dosi biscoitos e coberto com chocolate.

sábado, junho 23, 2007

Nem só de alfajor vive o homem.

Há que se beber algo para ajudá-los a descer e aqui a escolhe nãopoderia ser outra que não "um bom vinho...". De fato o vinho por aqui, quase sempre, é bom e ainda por cima barato.

Antes de vir pra cá eu já tinha o hábito de consumir vinhos argentinos. Por isso quando cheguei conhecia algumas marcas, mas qual não foi minha felicidade ao constatar que os vinhos que pagava no Brasil na faixa de 15, 20 por garrafa, aqui não passam de 8 ou 10 pesos, o que convertendo fica muito barato.


Logo, os mesmo rótulos que costumava beber no Brasil, e que considerava bons aqui pra mim só servem pra fazer quentão. Tenho bebido muitos malbecs, porque são os melhores na relação custo benefício, mas também tenho aproveitado a farta oferta para conhecer novas cepas, entre elas a tempranilo, que para mim, até agora não se revelou em toda sua potencialidade, e a famosa, adorada, e cinematográfica Pinot noir. Esta sim, não decepcionou, não sei se foi por mera indução devido a toda sua fama, mas o fato é que gostei muito da Pinot, e já elegi como uma das minhas preferidas.


Agora falta ampliar meu horizonte para os vinhos que combinam diferentes cepas, já que até hoje fui um xiita do varietais. Sendo assim o jeito é desembolsar mais alguns trocados para pagar o merecido dízimo de Baco. Aleluia!

terça-feira, junho 19, 2007

Alfajores, alfajores e mais....


Mais um capítulo da minha obsessão pelos alfajores, e hoje falaremos de:


Alfajores Nevares:

Sem sombra de dúvidas o pior que já comi, pouco recheio, biscoito exageradamente esfarelento e a cobertura então. Que cobertura? Simplesmente parece não ter cobeertura. Desrecomendo em todas as suas verssões.


Alfajores Bagley:

Esse é mais um sério candidato ao título. Realmente um alfajor distinto, minha preferida é a versão com cobertura de chocolate branco e almendras que dão o toque final, no que é praticamente um obra de arte da indústria alimentícia.

Considerações gerais


Não queria dizer que na Argentina se come mal, mas a verdade é que há pouca variedade de alimentos aqui, a qualidade nem sempre é das maiores mas os preços sim.

Tirando o doce de leite e o vinho não existe nenhuma outra comida aqui que seja mais barata do que no Brasil, nem mesmo a carne, base da alimentação, ou os lacticínios. Frutas, verduras e outros alimentos frescos custam os olhos da cara. E pra provar que não estou exagerando, um kilo de maçãs argentinas, custa mais aqui na Argentina do que no Brasil, um disparate.

Realmente não sei o que passa, até entendo o alto preço de algumas frutas de origem tropical, já que são importadas. Mas o que acontece com a produção local? Ou os produtores rurais argentinos, ao contrário do que acontece no resto do Mundo, estão rindo a toa ou é tudo culpa dos atravessadores, aquela gente que ninguém nunca viu mas todos sabem que existe.

Outra diferença, é que aqui consumir comida pronta, muitas vezes, fica mais barato do que cozinhar em casa. O que pra mim só reforça a teoria dos atravessadores. Mas enfim, enquanto não entendo os canais de distribuição da econômia argentina e nem descubro um mercado de frutas e verduras econômico, baseio minha alimentação nos alfajores e no vinho.
Afinal, um bom vinho....

sábado, junho 16, 2007

Segunda bateria

Antes de continuar com a estória dos alfajores, cabem umas considerações. Como sempre acontece, o alfajor, uma receita antiga e típica da Argentina, acabou sendo absorvido pela grande indústria dos alimentos, que corrompeu a receita original criando muitas variações, umas boas outras nem tanto.

Sendo assim, existe uma infinade de doces vendidos no mercado, que levam o nome de alfajor mas tem muito pouco da receita original. Entre essas variações estam as minitortas, minitortas brownie, alfajor mousse... etc.

Meu interesse predominante é pelos alfajores tradicionais, com recheio de doce de leite e coberto com açucar ou chocolate. No entanto, minha gula impede que me detenha só sobre eles, assim que experimento muitas das variações que encontro e as vezes escreverei sobre elas também.

Continuando a classificação...

Alfajores Genio:
Excelente custo benefício, dos populares foi o melhor que provei até agora. Doce de leite de boa qualidade, o biscoito nem muito crocante, nem muito macio e a cobertura honesta.


Alfajorcito Jorgito:
É um bom alfajor, mas não apresenta nada de especial e poderia ter mais recheio. Mas de maneira geral não decepciona, até porque é barato.

sexta-feira, junho 15, 2007

Entre um alfajor e outro

Bom, no tempo em que não estou comendo alfajores me dedico a outras experiências gastonomicas. Essa semana foi a vez de experimentar comida colombiana.

Fui a um restaurante aqui de Buenos Aires chamado La Aromatica. O lugar é ridiculamente pequeno deve caber umas 12 pessoas, isso em pé, porque sentados no máximo 10. Para se chegar ao banheiro, aliás o único da casa, passa-se pelo meio da cozinha. A experiência é um pouco estranha, mas no fim o que importa é a comida então vamos falar dela.

De entrada comi uma espécie de seleção de petiscos colombianos, eram pequenas arepas acompanhadas de um molho de tomates fresco, algo muito proximo da salsa mexicana clássica. A entrada ainda incluía, mandiocas fritas, que ficaram bem aquén do tradicional petisco de boteco brasileiro, e algumas batatas cozidas servidas com um pouo de queijo branco e um molho que não consegui identificar. As batatas estavam meio mal passadas, o que não sei se foi proposital ou um descuido do cozinheiro que se desdobrava para atender a enorme quantidade de 11 clientes que se abarrotavam no lugar.

O prato que pedi foi carne com arepa. A carne estava boa, era um tipo de bife, degalçado na manteiga, ao ponto e temperado na medida. A arepa, que é um tipo de panqueca feita com farinha branca de milho, também não era mal, mas me pareceu mais seca e fina do que geralmente se vê nas fotos desse prato que é a base da alimentação de vários países da américa do sul e central. De guarnição vieram tomates, alface e abacate temperados só com azeite de olivas, discreto.

Não pedi sobremesa, e no final a conta só saiu um pouco cara devido a, despropositada, quantidade de cerveja ingerida. Pretendo voltar qualquer dia no almoço para experimentar um menu de sopa e secos que servem lá, e também para comer mais do couvert, que foi um dos pontos altos do lugar, um espécie de feijão ou castanha, torrado e levemente salgado. Muito bom com cerveja, aliás talvez esteja ai o porque de tanta cerveja.

La AromaticaComida de Colombia, Bulnes 873
4866-2300 la.aromatica@gmail.com
A la arte, de 15 a 25 pesos por pessoa.


Provando o couvert que não sei o nome.

PS - Um detalhe é que esse ajntar também era a comemoração de um aniverssário, por isso a decoração.

quinta-feira, junho 14, 2007

A corrida dos alfajores

Há quase 3 semanas no País de Maradona e decidi que minha missão nessa terra é provar todos os alfajores que conseguir encontrar. E claro, ao fim da odisséia, eleger o melhor de todos.

Para empreender tal desafio estou consumindo uma média de 3 a 6 alfajores por dia. Meu principal problema é que geralmente o melhor custo benefício para um aficcionado por alfajores é comprá-los no supermercado, porém estes vendem os alfajores em lotes fechados de no minímo 3 ou 6 unidades.

Bom, mas não é isso que vai me abater, segue uma pequena lista dos alfajores já provados até então.











Havanna:
É o mais famoso de toda argentina, o preferido pelos turistas, uma espécie de símbolo da argentina quando o assunto é alfajores. De fato, foi o melhor que já comi até hoje, mas não me deixo enganar por toda essa publicidade. Me interessa a verdade e se ela estiver em um alfajor artesanal feito nos recônditos mais sórdidos de Buenos Aires lá estarei para comê-lo.






Terrabusi:
É uma das linhas de alfajores da gigante dos alimentos Kraft Foods. Levando-se em consideração o custo benefício é simplesmente decepcionante, o recheio de doce de leite é escasso, a cobertura de chocolate ou açucar apenas satisfatória e o biscoito insosso. Embora seja um alfajor das massas, bastante popular, esperava mais.